Após período de estruturação do mercado de trabalho em torno do emprego formal assalariado, que perdurou pelo menos até 2014, tem ocorrido reversão desse fenômeno, com aumento expressivo do desemprego e da informalidade, diante de forte crise econômica.
A fraca recuperação a partir de 2017 teve impactos dúbios no mercado de trabalho: frente à estabilidade da renda média do trabalho, a redução do peso do emprego formal e queda do desemprego a partir do aumento da informalidade colocam dúvidas sobre a qualidade dessa recuperação.
Além do cenário econômico desfavorável, saliente-se ainda os efeitos potenciais e presentes das leis sobre a Reforma Trabalhista (13.467/17) e da Terceirização (13.429/17), que promovem, e ainda promoverão por muito tempo, alterações nas relações de trabalho.
Como se trata de algo multidimensional, observar os supostos efeitos positivos ou negativos dessas mudanças a partir somente de indicadores específicos como renda, desocupação ou informalidade podem dar origem a visões pouco abrangentes, ainda mais dentro de um mercado de trabalho notadamente heterogêneo como o brasileiro.
Diante desse desafio, de melhor compreender o mercado de trabalho a partir de uma visão multidimensional, o Dieese desenvolveu o “ICT - Dieese” - Índice da Condição do Trabalho. Trata-se de indicador sintético, construído com base em amplo conjunto de indicadores sobre ocupação, renda e formas de contratação que incluem contribuição previdenciária, tempo de procura de trabalho, desigualdade de renda, entre outros.
Dessa forma, o Dieese pretende analisar de forma mais ampla possível o movimento do mercado de trabalho brasileiro de forma a superar uma visão individualizada, que cada vez menos gera respostas ao quadro complexo pelo qual as relações de trabalho do país se encontram.
O ICT-Dieese varia entre 0 e 1, e é resultado da composição de 3 dimensões: ICT-Inserção Ocupacional, ICT-Desocupação e ICT-Rendimento.
Quanto à interpretação e análise, ressalva-se que o indicador não estabelece qual seria a condição ideal do trabalho, apenas indica que quanto mais próximo o valor do índice estiver de 1, melhor a situação geral do mercado de trabalho e, quanto mais próximo de zero, pior.
Diap
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