Um em cada cinco domicílios brasileiros não tem renda fruto do trabalho, formal ou informal, de acordo com reportagem publicada no Valor Econômico. Até o segundo trimestre deste ano, o Brasil tinha 15,2 milhões de residências onde ninguém trabalhava. O número representa um crescimento de 22% em relação ao registrado em 2014.
O levantamento foi feito a pedido do Valor pelos pesquisadores Samuel Franco e Suiani Febroni, do Instituto de Estudos de Trabalho e Sociedade (Iets) e da Oportunidades, Pesquisa e Estudos Sociais (OPE Sociais), a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“A crise colocou muitos chefes de família para fora do mercado de trabalho. Em muitos lares, cônjuges e filhos também foram demitidos. Membros da família tiveram que buscar emprego para recompor a renda, mas poucos conseguiram. Esse é o motivo mais provável para o resultado da pesquisa. São lares que estão agora sem renda do trabalho e que passam por um momento difícil”, disse Samuel Franco ao Valor.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2,6 milhões de brasileiros perderam seus empregos entre o fim de 2014 e o segundo trimestre de 2017. A taxa de desemprego passou de 6,5% para 13% da força de trabalho nesse período. O número de desempregados nesse intervalo saltou de 6,4 milhões para 13,5 milhões.
Veja a íntegra da reportagem no Valor
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