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08/05/2017
Trabalhador não teve motivos para comemorar seu dia no Brasil

Em 2017, os trabalhadores (as) brasileiros não tiveram motivos para comemorar o 1º de Maio (Dia do Trabalhador), por ter sofrido um ataque sem precedentes em seus direitos trabalhistas com a aprovação do Projeto de Lei (PL 6787/2016), que impôs mais de 100 modificações na CLT – Consolidação das Leis do Trabalho.

Na prática estas medidas significam retrocessos no Direito do Trabalho; o aumento de todas as formas de desemprego e queda de rendimentos reais dos salários e acirrará cada vez mais os ânimos na relação Capital e Trabalho. O movimento sindical está na ofensiva e continuará firme na luta contra os abusos do governo Temer e seus aliados no Congresso Nacional.

O momento requer um profundo trabalho de conscientização de base. É necessário e urgente, chamar a atenção da sociedade em geral, para a real situação do País e denunciar o conteúdo nefasto da política pública adotada pelo Governo Federal, que já mostrou de que lado está e para quem governa.

A Greve Geral de 28 de abril foi um sucesso, mesmo a mídia não divulgando, a adesão foi de mais de 30 milhões de trabalhadores (as). (Em Foz do Iguaçu entre  8 a10 mil trabalahdores). Na avaliação das centrais sindicais, foi a maior manifestação dos últimos 30 anos. As incertezas são muitas e ninguém sabe aonde chegaremos com este desgoverno instalado em Brasília.

Nossos adversários apostavam na letargia, que infelizmente, por um período atingiu o mundo sindical. Pela falta de informação nos locais de trabalho e hegemonia entre as centrais, sobraram dois caminhos a ser percorridos: deixar quer o Congresso decidir tudo sem questionamentos e/ou unir forças e esclarecer a sociedade e os trabalhadores (as) dos riscos que os direitos sociais, trabalhistas e previdenciários correm com aprovação das reformas.

Mesmo que no primeiro momento eles vençam, não devemos aceitar a derrota passivamente. Organizar uma reação nacional, resistir e não aceitar as mudanças prejudiciais aos direitos e interesses imediatos e históricos da classe trabalhadora, deixou de ser uma necessidade e se tornou uma obrigação, de todos que se reivindicam defensor dos mais vulneráveis e desprotegidos deste regime capitalista.

A população precisa ser preparada para não aceitar mais o princípio de que não vale a pena lutar contra os poderosos. O conflito de interesses se dá porque as leis do desenvolvimento capitalista são simples: maximizar a expansão, os lucros e o aumento do capital em detrimento do ser humano, que segundo o historiador Eric Hobsbawn – “Os seres humanos não foram criados para o capitalismo”.

Não podemos nos iludir com os discursos bem elaborados dos políticos, eles estão comprometidos com o processo de globalização, que por sua vez, obriga as empresas a adotar maior flexibilidade no que se refere à mão de obra e transforma a insegurança do emprego em estratégia para aumentar os lucros. Por esta razão alardeiam que é preciso fazer reformas urgentes.

No 1º de Maio de 2017 não tivemos motivos para comemorar, mas tivemos o orgulho de comentar o grau de solidariedade e êxito que obtivemos com a Greve Geral. Mostramos que o sindicalismo é uma das forças sociais relevantes de nossa sociedade. Que as conquistas das primeiras greves do começo do século XX estão ligadas à construção de patamares mínimos de dignidade das pessoas, de um projeto de desenvolvimento nacional e da luta por democracia e liberdade.

 

Por: Nailton Francisco de Souza, diretor Nacional de Comunicação da Nova Central.

 

 

 

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